Neurotransmissores
Objetivos de aprendizagem
Ao completar esta unidade de estudo, você será capaz de:
- Descrever as propriedades estruturais e funcionais das principais classes de neurotransmissores.
- Descrever as diferenças entre receptores ionotrópicos e metabotrópicos.
- Listar os neurotransmissores excitatórios e inibitórios mais comuns do sistema nervoso central.
Assista à videoaula
Neurotransmissores são mensageiros químicos que desempenham um papel essencial na comunicação entre neurônios e outras células do corpo durante a transmissão sináptica. Geralmente são produzidos nas terminações nervosas e liberados pelos terminais axônicos de um neurônio na fenda sináptica, onde se ligam a receptores na superfície de outro neurônio ou de uma célula-alvo. Dependendo do tipo de neurotransmissor e do receptor envolvido, essa interação pode estimular, inibir ou modificar a função da célula-alvo.
Existem dois tipos de receptores de neurotransmissores: ionotrópicos e metabotrópicos. Os receptores ionotrópicos são canais iônicos ativados por ligantes, o que significa que a ligação de um mensageiro químico, como um neurotransmissor, altera a permeabilidade do canal à passagem de íons. Esses receptores permitem uma transmissão sináptica rápida, mediando respostas pós-sinápticas de rápida ativação e declínio.
Por outro lado, os receptores metabotrópicos não são canais iônicos, mas sua ativação por um neurotransmissor desencadeia uma cascata de sinalização através de mensageiros secundários que, por fim, altera a função de um canal iônico na membrana pós-sináptica. Os receptores acoplados à proteína G são os principais representantes de receptores metabotrópicos. Como a abertura dos canais iônicos através da ativação de receptores metabotrópicos envolve a ativação de diversas moléculas no mecanismo intracelular, esses receptores atuam de forma mais lenta e produzem efeitos mais prolongados na função celular quando comparados com os receptores ionotrópicos.
Os neurotransmissores podem ser classificados de acordo com sua estrutura química em monoaminas, aminoácidos, neuropeptídeos e um grupo adicional denominado "outros", que inclui neurotransmissores que não se encaixam nessas três categorias principais. Outra forma de classificá-los é com base em sua função, dividindo-os em neurotransmissores excitatórios ou inibitórios. Os neurotransmissores excitatórios ativam os receptores na membrana pós-sináptica e potencializam os efeitos do potencial de ação. Por outro lado, os neurotransmissores inibitórios impedem a geração de um potencial de ação. É importante observar que alguns neurotransmissores podem ser classificados tanto como excitatórios quanto como inibitórios, dependendo dos receptores aos quais se ligam.
No sistema nervoso humano, existem mais de 40 neurotransmissores, cada um com uma função específica. A dopamina, por exemplo, está envolvida nos mecanismos de recompensa e prazer, a serotonina regula o humor e o sono, enquanto a acetilcolina desempenha um papel no controle muscular. Além de regularem o controle motor e a percepção sensorial, os neurotransmissores têm papel central em processos como aprendizado, memória e equilíbrio emocional, e sua disfunção está associada a diversas doenças neurológicas e psiquiátricas, como depressão, doença de Parkinson e esquizofrenia. Compreender o funcionamento dos neurotransmissores é, portanto, fundamental para a neurociência e para o desenvolvimento de tratamentos eficazes para essas condições.
A videoaula abaixo vai ajudar na sua compreensão sobre os neurotransmissores:
Conceitos principais
Tipos de receptores para neurotrasmissores
Existem dois tipos principais de receptores para neurotransmissores: ionotrópicos e metabotrópicos. Dê uma olhada no mecanismo de ação de cada tipo abaixo.
Mecanismo de funcionamento dos neurotransmissores: excitatórios vs. inibitórios
Neurotransmissores excitatórios e inibitórios afetam o neurônio pós-sináptico de diversas formas. Descubra abaixo como cada um desses mecanismos funciona.
Neurotransmissores mais comuns
Existem mais de 40 neurotransmissores no corpo humano. Aprenda mais sobre os mais comuns abaixo.
Teste seus conhecimentos
Faça o teste a seguir para testar os seus conhecimentos sobre neurotransmissores.
Resumo
Monoaminas |
Estrutura: Moléculas relativamente pequenas compostas por poucos átomos, o que lhes permite difundir-se facilmente através das fendas sinápticas. Exemplos: Dopamina, epinefrina (adrenalina), norepinefrina (noradrenalina), histamina e serotonina. |
Aminoácidos |
Estrutura: Moléculas pequenas, ligeiramente maiores que as monoaminas devido a cadeias laterais mais complexas. Exemplos: GABA, glutamato, glicina |
Neuropeptídeos |
Estrutura: Neurotransmissores maiores e mais complexos, compostos por cadeias de peptídeos. Exemplos: Substância P, neuropeptídeo Y, endorfinas |
Outros |
Estrutura: Substâncias diversas com propriedades estruturais e mecanismos de ação únicos, que não se encaixam nas outras classificações. Exemplos: Acetilcolina, óxido nítrico, endocanabinoides. |
Excitatory neurotransmitters |
Função: Ativam receptores na membrana pós-sináptica e amplificam os efeitos de um potencial de ação. Exemplos: Acetilcolina, epinefrina (adrenalina), norepinefrina (noradrenalina), histamina, glutamato, serotonina, dopamina. |
Inhibitory neurotransmitters |
Função: Impedem a geração de potenciais de ação nos neurônios pós-sinápticos. Exemplos: GABA, glicina, dopamina. |
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